Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

O que eu nunca fui

Ainda ontem assisti vídeos, vi fotos, senti cheiro de memória. Aquela criança estava ali, com aqueles olhos gigantes e a melancolia que sempre me acompanhou. Era eu. Eram os meus olhos, os mesmos grandes olhos que vejo no espelho, os mesmos que ardem e desaguam sempre que me altero.  Era eu criança, mas nem tão pequena como me sinto de vez em quando.  É um sentir-se pequeno diferente, é ver que não havia maldade, não havia tristeza, e não haviam decepções. Eu nunca fui a mais popular da escola, a amiga indispensável e insubstituível, a mais bonita do grupinho, muito menos a pessoa que sempre tem alguém do lado... E não reclamo. De tudo o que nunca fui, uma coisa posso afirmar: a minha dignidade e sinceridade sempre andaram comigo. Sempre, mesmo nas piores hipóteses, mesmo com as piores pessoas. Resumo o que nunca fui em tudo o que vejo nas pessoas: a maldade, o egoísmo e coisas do tipo. Eu procurei sempre não me igualar ao pior, muito pelo contrário, sempre involuntariamente
Escrevi mil coisas e apaguei tudo, mas me esqueci que quando falamos de sentimentos não há certo ou errado em dizer. Estou aqui de novo com aquela sensação esquisita, que da última vez que quebrei a cara prometi que faria de tudo para não sentir de novo. Mas e aí, como eu controlo? É estranho, involuntário... Quando menos esperava, já estava sentindo de novo. O balão não para de crescer, o ar não para de faltar, e esse vazio a cada minuto ocupa um espaço maior ainda. Me sinto mal por não saber lidar, por não saber interpretar que quando você me diz que é pedra, realmente é pedra... E minhas ondas batendo não vão te amolecer. Demonstro. Com medo, nas entrelinhas, mas demonstro. Eu sou assim, e cedo ou tarde iria fazer, porque não vejo problemas em demonstrar o que eu sinto, o que é bonito e temos que realmente mostrar. Minutos depois eu sempre espero o arrependimento, mas ele não chega. Dias depois ele vem, quando analiso os fatos e seu comportamento estranho.  Me import

A saudade é de alguém, não de você

Quando a gente se acostuma a se relacionar com uma pessoa, o término pode dar aquela amostra grátis do fim do mundo: a gente acha que pode até morrer de amor e de saudade (morre nada, linda! Tô vivíssima), que nunca mais vamos encontrar alguém "que te entenda, complete e blablabla". A verdade é que isso é tudo lorota. Existem 63764874638263828473737382482 pessoas no universo, e com certeza alguém melhor (ou quem sabe até um sósia) você vai encontrar.  A gente fica na bad por dias, meses, emagrece, tenta ficar mais bonita pra ver se aquele "the one" volta.  Mas vou te dar uma triste notícia: ele não volta. Não volta porque se acabou de um jeito trágico, nem deve voltar, e se voltar vai dar merda! A gente também acha que o mundo vai acabar, mas não acaba (não por causa de um boy).  O que eu já percebi é que depois de um tempo a gente não sente falta daquela pessoa em especial: a falta é de ter alguém, quem sabe até melhor. Alguém pra te acompanhar e dividir o fa

O seu guarda chuva amarelo

Que bobagem acreditar tão fortemente em amor verdadeiro. Que ingenuidade achar que existe uma pessoa que está esperando por você na hora e lugar certo. Que loucura achar que esse alguém era você. Tudo dizia pra mim que eu finalmente tinha encontrado... A gente tinha tanta coisa em comum! O fluxo era perfeito, alguns desentendimentos, mas qual casal não tem? É, tudo conspirava a favor, até nos dias mais difíceis. E quando dava errado, ou você parecia meio distante eu fazia dar certo, porque afinal, o amor é daqueles que não desistem. Mas você desistiu, e o amor não foi mais pra gente. O tempo passou, e no começo onde tudo isso mais doía do que me aliviava, eu me sentia estúpida por acreditar em toda a história de que todo mundo tem o seu guarda chuva amarelo por aí. "Mas que bobagem! Onde já se viu alguém esperar tanto pelo amor? Esperar tanto dele?". Então, um dia veio a força. A força e a coragem de continuar esperando... Por alguém que talvez já tenha até passado pel

Se a gente soubesse como seria difícil

O mundo ideal é facinho de imaginar, né? A gente pensa num caminho, mas sabe que pode dar tudo bem errado e já cria um maravilhoso caminho alternativo florido e colorido na nossa cabeça. No mundo ideal as coisas dão certo. No mundo ideal sempre dá tempo pra tudo. No mundo ideal o amor cabe certinho na sua vida, e tudo é totalmente recíproco... Ilusão. Se a gente soubesse como seria difícil se desprender das pessoas, e pudéssemos controlar todos os nossos sentimentos, acho que tudo seria mais simples. Acontece que infelizmente o coração é burro e a nossa mente complicada demais para conseguir comandar cada estímulo que alguém pode causar na gente (e acho que nem milhares de estudos ou máquinas um dia bloquearão aquela sensação de quando a pessoa que a gente ama nos abraça). É que sei lá, pensar no passado e no que gostaríamos de mudar é muito fácil. Hoje mesmo me peguei dizendo isso a um amigo: - Mah, se eu pudesse voltar no tempo, jamais teria me relacionado com tal pessoa. Ele

Não volte mais

"Não volte mais se não for pra ficar" foi o que acabei de gritar pra você dentro da minha cabeça. As palavras foram tão fortes que estou confiante que tal ato se concretize no mundo real. Quem sabe dessa maneira você me ouça. Por que diabos você chegou se não tinha a intenção de ficar? Foi justo no seu mundo fazer uma bagunça imensa no meu, e sair ileso "sendo sincero?" Eu estava perdida. Já não acreditava mais em nada. Hoje digo com toda a certeza que preferia ter continuado perdida e sem acreditar em mais nada.  Mas aí você chegou, com aquele jeito confuso de quem não queria nada,mas quis e parecia que tinha vindo pra ficar. O tempo passou e sua euforia também. Mas a minha não passava nunca, aquilo tudo só crescia. Eu me sentia fraca por não conseguir lutar contra os meus próprios sentimentos, então, me deixei levar por tudo. Fui cega, me joguei de cabeça, viajei pra um lugar tão longe, fiz juras impensáveis e o que ganhei foram alguns pontos na testa porque