Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2017

O que eu nunca fui

Ainda ontem assisti vídeos, vi fotos, senti cheiro de memória. Aquela criança estava ali, com aqueles olhos gigantes e a melancolia que sempre me acompanhou. Era eu. Eram os meus olhos, os mesmos grandes olhos que vejo no espelho, os mesmos que ardem e desaguam sempre que me altero.  Era eu criança, mas nem tão pequena como me sinto de vez em quando.  É um sentir-se pequeno diferente, é ver que não havia maldade, não havia tristeza, e não haviam decepções. Eu nunca fui a mais popular da escola, a amiga indispensável e insubstituível, a mais bonita do grupinho, muito menos a pessoa que sempre tem alguém do lado... E não reclamo. De tudo o que nunca fui, uma coisa posso afirmar: a minha dignidade e sinceridade sempre andaram comigo. Sempre, mesmo nas piores hipóteses, mesmo com as piores pessoas. Resumo o que nunca fui em tudo o que vejo nas pessoas: a maldade, o egoísmo e coisas do tipo. Eu procurei sempre não me igualar ao pior, muito pelo contrário, sempre involuntariamente
Escrevi mil coisas e apaguei tudo, mas me esqueci que quando falamos de sentimentos não há certo ou errado em dizer. Estou aqui de novo com aquela sensação esquisita, que da última vez que quebrei a cara prometi que faria de tudo para não sentir de novo. Mas e aí, como eu controlo? É estranho, involuntário... Quando menos esperava, já estava sentindo de novo. O balão não para de crescer, o ar não para de faltar, e esse vazio a cada minuto ocupa um espaço maior ainda. Me sinto mal por não saber lidar, por não saber interpretar que quando você me diz que é pedra, realmente é pedra... E minhas ondas batendo não vão te amolecer. Demonstro. Com medo, nas entrelinhas, mas demonstro. Eu sou assim, e cedo ou tarde iria fazer, porque não vejo problemas em demonstrar o que eu sinto, o que é bonito e temos que realmente mostrar. Minutos depois eu sempre espero o arrependimento, mas ele não chega. Dias depois ele vem, quando analiso os fatos e seu comportamento estranho.  Me import